Aprendiz

Os 7 Princípios Herméticos

Muitos dos símbolos que fazem parte da Maçonaria atual tem suas origens no hermetismo, mais especificamente na alquimia. Por isso, é de extrema importância este conhecimento para o aprofundamento do aprendizado na caminhada maçônica, instigando o iniciado a se tornar mestre de si mesmo, tendo consciência e se aprofundando nas leis que regem o universo material e imaterial.

O Hermetismo é uma tradição baseada nas obras de revelação sobre assuntos ocultos, teológicos e filosóficos atribuídos principalmente a Hermes Trismegistus.

Hermes Trismegisto é uma figura mítica de origem sincrética (reunião de doutrinas diferentes). Essa figura mítica indica o deus Thoth dos antigos egípcios, considerado o inventor das letras do alfabeto e da escritura, e portanto, revelador, profeta e intérprete da divina sapiência e do divino logos. A divindade de Hermes Trismegisto provêm da introdução do deus Toth na religião grega. Toth é um deus egípcio o qual simboliza a lógica organizada do universo. Ele é relacionado aos ciclos lunares a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. Quando os gregos tiveram conhecimento desse deus egípcio, descobriram que apresentava muitas analogias com seu deus Hermes, intérprete e mensageiro dos deuses, e o qualificaram com o adjetivo “Trismegisto” que significa “três vezes grandíssimo”.

Como deus da sabedoria, Toth foi atribuído como escritor de uma série de textos sagrados egipcíos os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Herméticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egípcia.

A teoria hermética teve influência decisiva em várias correntes filosóficas, religiosas e esotéricas, bem como na arte, principalmente na literatura, na música e na pintura, tendo grande importância durante o Renascimento e a Reforma. A tradição afirma ser descendente de uma prisca theologia (teologia primordial), a ideia de que existe uma teologia simples e verdadeira, que está presente em todas as religiões e foi dada por Deus ao homem na antiguidade

Pela diversidade de temas, é pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo.


Principais Obras

Corpus Hermeticum

É o conjunto de textos escrito entre 100 e 300 d.C. na então província romana do Egito. É o resultado de um complexo sincretismo religioso, de múltiplas influências. Ocorreu no período da Pax Romana (Paz Romana), que colocou o Egito em contato com o restante do Império Romano. Escrito na primeira pessoa por Thoth ou Hermes Trismegisto, contando as coisas que lhe revelou seu contato com o nous, espécie de divindade absoluta.

Caibalion

Sob o pseudônimo de “os Três Iniciados”, afirma conter a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto, tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Antiga Grécia.

Segundo os autores, a versão moderna do Caibalion seria apenas uma recompilação de um antigo livro iniciático de mesmo nome e que teria sido transmitido oralmente por gerações, de mestre a discípulo.O título se refere a uma palavra hebraica que significa “Tradição ou preceito manifestado por um ente de cima” e compartilha a mesma raiz da palavra cabala.

De acordo com o Caibalion, todo o Hermetismo se basearia em Sete Princípios Herméticos:

  1. Princípio do mentalismo
  2. Princípio da correspondência
  3. Princípio da vibração
  4. Princípio da polaridade
  5. Princípio do ritmo
  6. Princípio da causa e efeito
  7. Princípio de gênero

Princípio do Mentalismo

“O Todo é mente, o Universo é mental.”

De acordo com este princípio, o Universo é uma criação mental do Todo.

Para compreender o princípio do Mentalismo é necessário observar cada parte de sua frase. Ao usar o termo “TODO”, a filosofia hermética faz referência a todo o universo, inclusive o que está além do que percebemos em nosso mundo material.

Existe a realidade que compreendemos com os nossos sentidos e existe a realidade oculta, substancial, que vai mais além de nossa compreensão básica e espectro observável. O “todo” engloba tanto aquilo que compreendemos e vemos como o que não compreendemos ou não vemos.
Quando a primeira lei hermética diz que este todo é “MENTE”, ela nos diz que ele é fruto de uma Criação Mental e que ele é uma “MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL”. Nós vivemos e nos movemos dentro da natureza mental do universo. Sendo então a natureza do universo mental, a mente está na origem de todas as coisas.

O livro O Caibalion afirma que aquele que estudar este princípio universal poderá também aplicá-lo para dominar a sua própria realidade. O poder da mente agiria como uma “chave-mestra” que pode, portanto, “abrir as diversas portas do templo psíquico e mental do conhecimento” de modo que se alcance a illuminação, o domínio de si mesmo e consequentemente a felicidade.

A compreensão deste Princípio hermético do Mentalismo habilita o indivíduo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental e a aplicar o mesmo Princípio para a sua felicidade e adiantamento.

Semelhança entre neurônios e células gliais, e abaixo uma a simulação das interações gravitacionais do universo formando uma ‘teia cósmica‘.

Princípio da Correspondência

“O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora.”

O princípio da Correspondência diz respeito aos padrões – ocultos ou não – presentes em todos os planos pelos quais caminhamos. De acordo com esta lei, o estudo do microcosmo pode nos ajudar a compreender o macrocosmo, pois sempre haverá uma correspondência de um em relação ao outro.

Ao dizer que “o que está em cima é como o que está embaixo”, este princípio hermético fala sobre a correspondência existente em planos superiores e inferiores. No caso de céu e Terra, por exemplo, encontramos correspondências entre estes dois níveis – seja se considerarmos o plano físico científico ou o espiritual.

O princípio do Mentalismo nos ajuda a compreender a última frase deste princípio: “o que está dentro é como o que está fora”. Aqui, a ideia é que o nosso universo interior, comandado pela mente, tem o seu correspondente no universo ao nosso redor.

Se nosso pensamento é obsessivo, por exemplo, assim será nosso comportamento; da mesma forma, a desorganização emocional interna de alguém poderá ser refletida em uma bagunça no ambiente em que ela vive.

A compreensão deste Princípio também dá ao homem os meios de explicar muitos paradoxos obscuros e segredos da Natureza. Existem planos fora dos nossos conhecimentos, mas quando lhes aplicamos o Princípio de Correspondência chegamos a compreender muita coisa que de outro modo nos seria impossível compreender. Este Princípio é de aplicação e manifestação universal nos diversos planos do universo material, mental e espiritual: é uma Lei Universal. Os antigos Hermetistas consideravam este Princípio como um dos mais importantes instrumentos mentais, por meio dos quais o homem pode ver além dos obstáculos que encobrem à vista o Desconhecido.

O seu uso constante rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da face da deusa podia ser percebido. Justamente do mesmo modo que o conhecimento dos Princípios da Geometria habilita o homem, enquanto estiver no seu observatório, a medir sóis longínquos, assim também o conhecimento do Princípio de Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente, do Conhecido ao Desconhecido. 

A lei da gravitação universal de Newton, diz que duas partículas quaisquer do Universo se atraem gravitacionalmente por meio de uma força que é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa
A lei de Coulomb, de forma semelhante, atuando nas partículas, define que a magnitude das forças eletrostáticas com as quais duas cargas pontuais em repouso interagem é diretamente proporcional ao produto da magnitude de ambas as cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa
Exemplo de semelhanças entre o macro e o microcosmos na física

Princípio da Vibração

“Nada está parado, tudo se movimenta, tudo vibra.”

A diferença entre as várias manifestações de matéria, energia, e espírito resulta principalmente de taxas variáveis de vibração. Tudo, desde o átomo e a molécula até mundos e universos, está em movimento vibratório.

Em nível microscópico, as partículas, como átomos e moléculas, estão constantemente em movimento, vibrando, rotacionando e transladando. Esse movimento térmico é o que dá origem à temperatura.

O zero absoluto é uma temperatura teórica que representa o ponto mais baixo possível na escala de temperatura. Essa temperatura corresponde a -273,15 graus Celsius, ou 0 Kelvin (0 K). Nessa temperatura, a energia cinética das partículas de um sistema ideal atinge o mínimo absoluto, o que significa que a agitação térmica praticamente cessa, e as partículas estão em seu estado de energia mais baixa. No entanto, o zero absoluto é considerado uma temperatura teórica e inatingível na prática por várias razões, dentre elas:

  • Terceira lei da termodinâmica: A terceira lei da termodinâmica, também conhecida como o teorema de Nernst, estabelece que é impossível resfriar um sistema até o zero absoluto em um número finito de etapas. À medida que a temperatura se aproxima do zero absoluto, a quantidade de energia necessária para reduzir ainda mais a temperatura aumenta exponencialmente.
  • Vibração quântica: Mesmo a temperaturas próximas do zero absoluto, os átomos e moléculas continuam a experimentar vibrações quânticas devido à mecânica quântica. Essas vibrações fornecem um mínimo de energia cinética residual, o que significa que nunca podemos eliminar completamente o movimento inercial das partículas.

Ainda no caso da lei da Vibração, uma teoria recente se destaca é a Teoria das Cordas.

De forma resumida, os estudos que se debruçam sobre esta teoria defendem que o universo é composto por fibras de energia ainda menores que os átomos, como se fossem cordas. Assim como uma mesma corda de violão pode produzir diferentes sons, esta teoria sugere que tais cordas – ainda não identificáveis por nenhum instrumento produzido pela Ciência atual – são o que transformam a matéria no universo como conhecemos hoje. Ou seja, o universo opera por meio de vibrações.




Semelhante a uma corda de violão vibrando, que cria um aspecto de solidez, de acordo com a teoria das cordas, os quarks são formados por pequenos filamentos de energia semelhantes a pequenas cordas vibrantes, daí o nome dado à teoria. Essas cordas estariam vibrando em diferentes padrões, com frequências distintas, produzindo as diferentes partículas que compõem o nosso mundo.

Princípio da Polaridade

Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.”

Podemos compreender o princípio da Polaridade como uma consequência da Lei da Vibração. Como sabemos, tudo vibra em frequências que variam, sendo altas ou baixas. No princípio da polaridade, portanto, entendemos que os pólos nada mais são do que dois extremos de um mesmo elemento, porém em graus diferentes em uma mesma escala.

O igual e o desigual são a mesma coisa pois em tudo eles dependem do grau de ausência ou presença de um mesmo elemento. Tomemos o exemplo do calor, que é o oposto do frio. Em uma escala de temperatura, calor e frio são opostos, porém o frio nada mais é do que a ausência do calor. O que muda é o grau com que ele vibra.

O mesmo vale para os sentimentos. O ódio nada mais é do que a ausência do amor. Ao dizer que os extremos se tocam, este princípio diz respeito à tênue linha que existe entre estes dois sentimentos. Sendo o amor o estado de equilíbrio, ódio e paixão tornam-se os dois extremos; da mesma forma, eles frequentemente caminham juntos.

O piso mosaico é um exemplo de dualidade, uma composição de pedras contrastantes pretas e brancas, formando um padrão geométrico. As pedras escuras e claras são arranjadas de forma alternada, criando um contraste visual marcante. Esse padrão evoca essa ideia de dualidade e polaridade, representando as forças opostas presentes no mundo. No entanto, a orla dentada que circunda o piso mosaico simboliza a harmonia entre essas dualidades. É uma representação visual da busca pela unidade na diversidade.

A dualidade representada pelo piso mosaico ecoa nos ensinamentos das tradições orientais, como o budismo, confucionismo e taoismo. O princípio do Yin-Yang, do taoismo, simboliza a interconexão entre as forças opostas e complementares. Esses conceitos são profundos, refletindo a filosofia subjacente de que a dualidade é inerente à natureza do universo. As tradições orientais consideram que a busca pela unidade e harmonia não envolve negar a dualidade, mas sim compreender sua essência e equilibrar essas forças aparentemente opostas. A dualidade é vista como um ciclo interdependente e fluido, onde cada extremo carrega em si o germe do outro. Como as pedras do piso mosaico, o Yin e o Yang se entrelaçam para formar uma totalidade coesa e dinâmica.

Assimilar os ensinamentos da dualidade nas tradições orientais é relevante para lidar com as complexidades da vida moderna. Ao abraçar as dualidades em nossas próprias vidas, podemos cultivar a aceitação, a compaixão e a harmonia. O reconhecimento de que as dualidades não são opostas, mas partes intrincadas do mesmo todo, ajuda a transcender conflitos e a encontrar soluções equilibradas.

Na física de partículas, as antipartículas são simétricas às partículas elementares da matéria, tendo a mesma massa que aquelas. As cargas elétricas das partículas e antipartículas e seus momentos angulares têm os mesmos valores absolutos que suas correspondentes simétricas. No entanto, os campos eletromagnéticos (sinais) são contrários. Sempre que uma antípartícula colide com a sua respectiva partícula dá-se o aniquilamento das duas entidades.
Yin e Yang são conceitos do taoismo que expõem a dualidade de tudo que existe no universo. Descrevem as duas forças fundamentais opostas e complementares que se encontram em todas as coisas: o yin é o princípio da noite, Lua, a passividade, absorção. O yang é o princípio do Sol, dia, a luz e atividade.

Princípio do Ritmo

“Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.”

Da mesma forma que aprendemos que tudo possui dois pólos (princípio da Polaridade) e de que nada é estável (princípio da Vibração), o princípio do Ritmo nos diz que o universo é regido por um movimento semelhante ao de um pêndulo ou de um ciclo ao dizer que tudo tem fluxo e refluxo e que tudo sobe e desce.

Ao final do princípio enunciado, descobrimos que o ritmo nada mais é do que uma forma de compensação. Sem ele, o Todo fluiria de forma linear e viveríamos caminhando na direção de um único extremo da polaridade. Porém, o todo está sempre em busca de equilíbrio e seu movimento pendular reflete essa busca pela compensação.


As oscilações surgem, portanto, pois existem limites para cada extremo. Tudo oscila, inclusive nossa mente, e quando isto é compreendido, desenvolvemos o entendimento de que mesmo os momentos difíceis terão o seu fim. A busca pelo equilíbrio deve ser constante.

Existe uma oscilação natural, não apenas nos fenômenos da natureza, mas na vida humana. O ruim sucede o bom, a alegria segue-se à tristeza, períodos de animação são precedidos e sucedidos por períodos de retração.

A compreensão desses Ritmos Básicos da Vida, de altos e baixos, é fundamental para o nosso bem-estar.
Livro da Ordem Rosacruz – AMORC, que trata em profundidade os ritmos que podem ser medidos em nossas vidas. (Link para aquisição)

Princípio da Causa e Efeito

“Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente o nome dado a uma lei desconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à lei.

Ela se refere à ideia de que toda ação gera uma reação, ou seja, tudo o que fazemos ou pensamos terá consequências. Se entendermos isso, podemos tomar decisões mais conscientes e responsáveis, sabendo que cada escolha terá um efeito.

Além disso, a Lei da Correspondência nos ensina que tudo o que está dentro de nós reflete no mundo exterior, então podemos utilizar essa lei para trabalhar nossos pensamentos e emoções, a fim de gerar resultados positivos em nossas vidas. O Princípio de Ação e Reação também nos alerta para a importância de assumir a responsabilidade por nossas ações e escolhas, já que elas terão consequências para nós e para os outros.

Em muitas tradições religiosas, a Lei de Causa e Efeito é frequentemente relacionada a conceitos morais e éticos, como o karma no hinduísmo e no budismo. A ideia é que as ações de uma pessoa (causas) têm impacto em sua vida presente e futura (efeitos), seja nesta vida ou em vidas subsequentes, de acordo com a crença na reencarnação. Assim, boas ações levam a resultados positivos, enquanto más ações levam a consequências negativas. Isso fornece uma base para a ética e a responsabilidade moral nas tradições religiosas que adotam essa visão.

Agir sobre a causa e não sobre o efeito possibilita sermos mestres de nossas próprias vontades e agentes causadores do bem. Em resumo, a Lei de Causa e Efeito é um princípio universal que se manifesta na ciência, na religião e na filosofia de maneiras diversas. Ela desempenha um papel crucial na busca por compreender o funcionamento do mundo natural da existência humana e da nossa forma de tomar decisões.

Na física, o enunciado da Terceira Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação) é descrito da seguinte forma: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”

Princípio de Gênero

“O gênero está em tudo; tudo tem seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos da existência.”

O último princípio hermético é derivado do princípio da Polaridade – os gêneros nada mais são do que dois opostos, em que a falta de um evidencia o outro. Porém, o princípio do Gênero traz algo de novo: é a partir dele que surge todo o nosso potencial de criação, geração e regeneração. Nada pode ser criado sem a aliança entre elementos femininos e masculinos.

A essência do feminino está ligada à fertilidade, receptividade, concepção de ideias, intuição, criatividade; já a essência do masculino se expressa por meio da lógica, do poder racional, da força motriz, do ímpeto e da proteção. Nenhuma ideia é concretizada sem que haja alguma ação, portanto a criação sempre virá da combinação e do equilíbrio de energias masculinas e femininas.

O princípio do Gênero possui uma correlação grande com as capacidades mentais exercidas a partir de cada lado do cérebro. O lado direito está associado às práticas essencialmente femininas descritas por Hermes – artes, criatividade, intuição, recepção, complacência – enquanto que o lado esquerdo está associado à essência masculina – lógica, razão, método, linguagem, ação, agressividade.

Gênero não se refere ao sexo, mas sim às capacidades da consciência de evoluir em equilíbrio nos seus diversos aspectos para atingir o seu completo potencial.
A Árvore da Vida na Cabala, é dividida em três colunas. A da esquerda é conhecida como pilar da severidade, é o pilar feminino; a da direita é o pilar da misericórdia, é o pilar masculino; e o pilar central é o pilar do equilíbrio, contrastando as emanações dos pilares direito e esquerdo.

O iniciado é uma pedra bruta que deve ser desbastada  e  a  Maçonaria traz ferramentas de aprendizado para desbastar essa pedra. Mas esse não é um trabalho que possa ser feito sem o apoio de um estudo aprofundado de conhecimentos antigos e velados sobre a natureza humana. É preciso que o obreiro da Arte Real siga uma orientação adequada para que não se perca no labirinto de símbolos e alegorias que constituem a prática maçônica, e neles não encontre significado que possa causar seu aperfeiçoamento. É  preciso estudar e compreender estes conhecimentos, pois senão o irmão correrá o risco de ficar eternamente repetindo gestos, passos, invocações e palavras de passe, sem contudo jamais penetrar-lhes no verdadeiro significado.  Isso será mero condicionamento e nunca aquisição de Gnose, ou verdadeiro conhecimento.

Referências:

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Mestre Instalado da ARLS Cavaleiros Templários da Luz

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